quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Tecedeira-de-cruz-cosmopolita (aranha-de-cruz, aranha-diadema, aranha-dos-jardins)

(Araneus diadematus) - Clerck, 1757

A sua cor pode variar muito, entre o negro, o castanho escuro ou até castanho alaranjado. Apresenta duas saliências no dorso na sua zona mais larga. Na parte central, longitudinalmente, tem uma fila de manchas brancas que em conjunto com outras manchas transversais formam uma cruz.

A fêmea, com 12 a 17 mm, de comprimento é muito mais corpulenta que o macho que apenas mede de 5 a 10 mm.

Habita em matas, jardins e outros locais com árvores e arbustos.

A fêmea tece uma teia vertical, de captura, que pode atingir mais de 40 cm de diâmetro, com cerca de 30 raios, suspensa entre duas árvores ou arbustos por fios grandes e reforçados. Na parte central, normalmente ocupada pela fêmea, onde permanece pendurada, é reforçada. A teia que os machos constroem, que é mais pequena e fica localizada junto à parte superior da da fêmea, destina-se a fins de acasalamento. Quando o macho considera que a fêmea se encontra no local desejado, pendura-se em fios com a parte ventral virada para cima  e tenta colocar um palpo no epigíneo da fêmea, repetindo o processo durante o tempo necessário que chega a ser de uma hora. cada cópula tem a duração de cerca de 15 segundos. Em seguida procede de igual forma para o outro palpo. Quando não há receptividade da fêmea para o acasalamento podem tentar matar-se mutuamente.
No fim do verão,  os ovos amarelados são depositados em sítios abrigados e eclodem na Primavera. Após a postura a fêmea mantêm-se por perto e morre pouco tempo depois. As crias agrupam-se até ocorrer a primeira muda, dispersando-se nessa altura. Só ficam adultas no Verão ou Outono do ano seguinte.

Na sua alimentação dão preferência às moscas, abelhas e borboletas, ajudando assim a reduzir a população de pragas de insectos. Envolve as presas em seda antes de as consumir.

É normalmente pacífica, fugindo para o seu esconderijo quando é perturbada, só raramente se defende picando. O seu veneno é muito eficiente em insectos e no homem provoca dor local, que desaparece passadas algumas horas, não se conhecendo efeitos secundários.




Reino:      Animalia
Filo:         Arthropoda
Classe:    Arachnida
Ordem:    Araneae
Família:   Araneidae
Género:   Araneus
Espécie:  A. deadematus


Imagens captadas algures no Parque Natural Sintra Cascais






















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